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3 Dez

ANGOLA CRESCE O sector da hospitalidade procura ocupar o seu espaço no PIB de Angola

Angola quer competir em pé de igualdade com o resto dos países africanos que, sem petróleo, têm o turismo como uma das principais atividades geradoras de emprego e renda para os cofres públicos.

É por isso que estão sendo feitos investimentos para expandir a rede hoteleira, tomando medidas para reduzir preços e melhorar a qualidade do serviço.

Nesta ordem de ideias, o país atualizou recentemente grande parte da legislação que regulamenta o setor, com o objetivo final de “facilitar a vida” dos operadores do mercado e dos destinatários dos serviços.

Praias tão espetaculares como Mussulo fazem de Angola um destino turístico muito atraente

Em 2002, depois de proclamar a paz, o país entrou na rota dos principais destinos turísticos da África, o que levou à modernização e expansão da rede hoteleira do país e à atualização de toda a legislação do setor.

Por meio de decretos, o Executivo atualizou a estrutura legal para facilitar a instalação e operação de infra-estrutura turística, complexos de alimentação e agências de viagem e turismo. O objetivo é modernizar o setor, criar novos empregos e obter mais renda para o Estado.

As vantagens que a nova legislação oferece aos operadores e utilizadores dos serviços hoteleiros, juntam-se a outras variáveis, como a beleza natural das diferentes regiões de Angola e uma moderna cadeia hoteleira.

Investimentos públicos também foram feitos no setor, que, juntamente com os feitos em outros campos, como energia, água, estradas e telecomunicações, impulsionam o potencial turístico do país.

TURISMO EM FIGURAS

O Governo de Angola espera que, a médio prazo, em 2020, a indústria do turismo contribua com 3% do Produto Interno Bruto (PIB), equivalente a 4.000 milhões de dólares. Atualmente, o setor representa apenas 0,34%.

Com 187 hotéis e 1.200 estabelecimentos similares, Angola oferece 24.390 quartos ao visitante (com um total de 32.844 camas).

Atualmente, o país possui mais de 4.000 restaurantes, 200 agências de viagens e mais 200 locações de carros, que completam a oferta de logística.

Em 2015, o país foi um destino para 592.500 turistas, cujos gastos reverteram em 10% na fatura do Orçamento Geral do Estado.

E não devemos esquecer que o setor emprega cerca de 220.000 pessoas.

Em abril, a Comissão Econômica do Conselho de Ministros aprovou o Plano Operacional de Turismo 2016/2017, de acordo com o Plano Diretor 2011/2020 e o Plano Estratégico de Desenvolvimento para o ano de 2025.

O plano inclui, entre outros, uma maior difusão do potencial turístico do país nos principais mercados turísticos, enriquecendo a oferta de serviços turísticos e melhorando a qualidade urbana e ambiental.

Em 2015, cerca de

600.000 turistas

eles escolheram Angola como destino

Para avaliar os benefícios do turismo na economia nacional, o Ministério da Hotelaria e Turismo pretende criar uma conta satélite nacional, de acordo com as recomendações da Organização Mundial do Turismo (UNWTO).

O plano também prevê o aumento de eventos turísticos, a construção de escolas de hospitalidade em todas as províncias do país, a criação de pontos de informações turísticas, um ponto de venda para licenças de hotéis, restaurantes e agências de viagens. Estima-se que, dentro de sete anos, Angola atrairá mais de quatro milhões de turistas por ano e criará um milhão de empregos.

O ministro da Hotelaria e Turismo, Paulino Baptista, admite que esse objetivo poderia ser alcançado muito antes, já que o país começa a receber turistas de cruzeiros internacionais.

Já existem dois casos recentes de cruzeiros internacionais nas águas de Angola, que atracaram no Namibe e em Luanda. No caso de Luanda, dentro de dois anos, a capital passará a fazer parte da lista mundial de cidades de entrada e saída de passageiros de cruzeiros. Atualmente, e desde 2012, é apenas uma cidade de passagem.

INVESTIMENTO PÚBLICO

Para reduzir o custo dos serviços de hotelaria, o Governo investiu na melhoria da produção nacional, estradas, sistemas de abastecimento de energia e água potável, e na formação de pessoal para o setor.

Projectos estruturais no sector da energia, como Lauca, Cambambe II e a Central do Ciclo Combinado do Soyo, bem como a recuperação da rede rodoviária, também deverão ter um impacto significativo nos preços.

PESSOAL QUALIFICADO

Ligada à qualidade do serviço, a qualificação das pessoas que trabalham no setor é um ponto muito importante. Há algum tempo, há um aumento notável na oferta de cursos profissionais e acadêmicos com uma carreira profissional no setor de hospitalidade e turismo, que, por outro lado, é muito bem remunerado.

Hotel Terminus, em Lobito

Como uma indústria geradora de empregos, o setor de hotelaria e turismo tem um papel importante no plano de treinamento da equipe nacional. Nesta linha, o Ministério do Ensino Superior decidiu criar a Escola Superior de Hotelaria e Turismo, enquadrada na Universidade Agostinho Neto.

Não menos importante é o compromisso do Fundo Soberano Angolano de construir uma Academia de Gestão Hoteleira de Angola, em Benguela. O projeto treinará técnicos de hotel altamente qualificados.

Este projecto é o resultado de uma parceria com duas empresas de prestígio, Lausanne Hospitality Consulting e Ecole Hoteliere de Lausanne, ambas com experiência consolidada no campo da formação de pessoal hoteleiro.

Por outro lado, em 2015 foi aberto o ano letivo de formação da Escola Superior de Hotelaria e Restauração (EHR), atribuído ao Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social. A EHC disponibilizou 765 vagas para cursos de formação inicial e contínua.

A oferta é variada nas áreas de Hotelaria, Catering e Turismo, técnicos de agências de viagens, entretenimento para eventos, guia turístico, recepção, serviços ao visitante, cozinha, padaria e padaria, e restaurante e bar.

A duração média dos cursos é de três anos, dois treinamentos teóricos em laboratórios de EHR e seis meses de estágio em uma unidade de hotelaria ou restaurante. Os cursos técnicos duram um total de nove meses, três meses de treinamento teórico e prático em laboratórios HME, três meses de treinamento em um ambiente de trabalho real, onde os estudantes são remunerados, e outros três meses de estágio em hotelaria e restaurante .

COOPERAÇÃO DE SEGUROS MAIS DE 6.000 EMPREGOS

Este ano serão inaugurados os primeiros hotéis dos mais de 80 que terminarão suas obras antes de 2017, sob um acordo firmado em 2015 entre a Accor, maior rede hoteleira do mundo, e a empresa angolana AAA Activos.

No total, 83 novos hotéis, que adicionarão 6,344 quartos à oferta das principais cidades.

Estes complexos serão abertos em Luanda, Benguela, Sumbe, Lubango e Uíge.

A oferta abrange todos os segmentos do mercado hoteleiro de luxo e também os econômicos, incluindo os de médio porte. Sob a bandeira do Ibis Styles – mais barato – serão abertos 27 hotéis, 22 da marca Mercure e um de super luxo: Sofitel.

No que diz respeito ao emprego, que é um dos eixos estratégicos do plano de desenvolvimento do setor, deve-se notar que o número de novos empregos será superior a 6.000.

FORMAÇÃO E EMPREGABILIDADE

À luz do acordo assinado em 2015, durante a visita do Presidente francês François Hollande a Angola, a AccorHotels também planeia implementar um plano de formação para jovens em Angola, para trabalhar em áreas que vão desde a restauração à gestão hoteleira.

Nos termos do acordo, a Accor irá gerir os hotéis, formar pessoal angolano e prestar serviços de hospitalidade em todas as unidades, de acordo com os padrões internacionais de qualidade.

Na África, a AccorHotels, cuja sede no continente e no Oceano Índico está localizada em Casablanca (Marrocos), opera em 18 países e conta com mais de 10.000 funcionários e 94 hotéis, do Magreb à África do sul.

Em 2014, ele assinou 12 novos contratos, representando cerca de dois mil novos quartos. Em 2015, iniciou sua expansão para Camarões, República Democrática do Congo e Costa do Marfim.

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